Trabalho de Aprofundamento semana 05 a 09/10/2020
Objetivo
·
Pesquisar a História do bairro em que
a escola está situada.
·
Desenvolver a capacidade de ler e
interpretar documentos históricos.
Conteúdo(s)
·
História local.
·
Leitura e interpretação de documentos
históricos (livros, mapas, fotografias e documentário).
·
Relato. (10 linhas)
SEGUE ABAIXO UM BREVE RELATO DA
REGIÃO BRASILÃNDIA, CONVERSE COM SUA FAMÍLIA RELATE A HISTÓRIA DE E VEJAM COMO É BOM SABERMOS UM POUCO DO
LUGAR ONDE VIVEMOS.
#PESQUISE
#ESCUTE
#OBSERVE
#FAÇA SUA RODA DE CONVERSA FAMILIAR
Brasilândia
Distritos & Bairros, Zona Norte Comentários desativados
A Brasilândia foi loteada em 1947,
originando-se de um antigo sítio pertencente a Brasílio Simões e vendido à
Empresa Brasilândia de Terrenos e Construções. Os primeiros moradores do
loteamento vieram principalmente das moradias populares e cortiços existentes
no Centro e que foram demolidos para dar lugar às avenidas São João, Duque de
Caxias, Ipiranga, durante gestão do prefeito Prestes Maia. Começava assim a
história de um bairro marcado pela exclusão e abandono.
Também veio para a Brasilândia toda a
leva de migrantes que chegara a São Paulo na época, assim como imigrantes
portugueses e italianos, além de interioranos de S. Paulo, de Jaú, Pederneiras
e Bariri – todos atraídos pelo novo loteamento que oferecia a quem comprasse um
terreno, parte dos tijolos e telhas para dar início a sua moradia. Depois desse
loteamento vieram outros e o bairro cresceu por sobre seus morros e baixadas. A
partir da década de 60 surgiram bairros adjacentes, como vila Santa Teresinha,
os Jardins Carumbé, Damasceno, Vista Alegre, etc – todos clandestinos e
destinados a famílias de baixa renda. Com terrenos minúsculos e ruas estreitas
não contemplaram praças públicas.
Os espaços livres, públicos e
particulares, remanescentes foram totalmente ocupados por favelas – deixando a
Brasilândia sem áreas livres para até mesmo se construir escolas e outros
prédios públicos, em 1984, quando a população local conseguiu, após ampla
mobilização popular, a construção de um centro educacional e esportivo no
bairro, o então prefeito Mário Covas (1983 a 1985) teve que desapropriar a área
onde o mesmo foi construído. Era a última grande gleba desocupada do bairro e,
logo após a sua construção, o entorno foi totalmente tomado por uma favela.
No dia 24 de janeiro de 1947 a
família Simões vendeu ao empreendedor imobiliário José Munhoz Bonilha, a gleba
de terra que deu origem ao loteamento denominado Brasilândia. O loteamento teve
sucesso imediato, já que o prefeito de então, Prestes Maia (1938 a 1945), havia
revolucionando o Centro de S. Paulo. Ele desapropriou velhos casarões e
cortiços para ampliar as avenidas São João, Ipiranga, Duque de Caxias, entre
outras. As famílias saídas dali vieram em grande parte para a Zona Norte,
motivados pelos baixos preços dos lotes e por ganharem parte das telhas e
tijolos.
A facilidade de pagamento nas compras
de terrenos oferecida pela empresa imobiliária atraía muita gente para a
região. “Vendíamos um pedaço de terra quase sem entrada e para pagar em 12
meses sem juros, além de fornecermos parte do material para construção”, contou
José Munhoz Bonilha, quando tinha 80 anos (na década de 80).
Em 1947 chegou ao bairro o português
João Rodrigues (falecido no final de 1996), que trabalhou na pedreira Vega
Sopave como encarregado de obras. Rodrigues acompanhou de perto a chegada das
famílias dos operários que vinham trabalhar na pedreira. Ele contou, quando
deste levantamento histórico, que a Pedreira Vega era quem conservava a
principal via do bairro, jogando cascalho na atual rua Parapuã.
A empresa Vega começou suas
atividades na Brasilândia em 1939; logo depois foi desativada e voltou a
funcionar em 1946, quando trouxe para a região muitos moradores, já que
fornecia moradia aos seus funcionários. Na década de 80 foi, aos poucos, sendo
desativada. Hoje, onde funcionava, localiza-se um reservatório da Sabesp, na
Av. Domingos Vega.
Fonte: Freguesia News
Autor: Célio Pires
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